Ictiose

Trata-se de uma doença hereditária e tem como característica a pele seca. Os sintomas pioram em climas secos e temperaturas frias. Ocorre descamação e as manifestações podem aparecer logo na primeira infância.

Impetigo

É uma infecção bacteriana superficial da pele muito comum, altamente contagiosa, vista mais frequentemente na face ou extremidades da pele de crianças. Acontece após um pequeno trauma da pele ou mesmo após a picada de insetos. Pode ocorrer sobre outras doenças prévias da pele, como a dermatite atópica, que sofrem a contaminação secundária pela bactéria.

Leucodermia Gutata

São manchas esbranquiçadas nas regiões do corpo expostas ao sol, principalmente nos antebraços e pernas. É conhecida popularmente como sarda branca.

Linfoma Cutâneo

Trata-se de um tipo de linfoma não-Hodgkin, um câncer que se origina nos linfócitos (tipo de glóbulos brancos). Os linfomas cutâneos afetam primariamente a pele, e podem ser classificados em linfomas de células T e de células B. Dentre os linfomas de células T, o mais comum é a micose fungoide. Dentre os linfomas de células B, os mais frequentes são o linfoma centrofolicular e o linfoma da zona marginal.

Lúpus

Lúpus eritematoso é uma doença rara autoimune, ou seja, na qual o sistema imunológico reage contra as células da própria pessoa, causando danos que podem ser nos órgãos internos (rim, pulmão, coração, cérebro e articulações) ou somente na pele.  Afeta mais as mulheres que os homens, e mais adultos jovens que crianças e idosos.  Trata-se de uma doença crônica em que é importante o tratamento contínuo e monitorização para avaliar a atividade da doença.  Como a pele é afetada em 80% dos pacientes, o médico dermatologista é frequentemente o responsável pelo diagnóstico.

Melasma

É uma condição que se caracteriza pelo surgimento de manchas escuras na pele, mais comumente na face, mas também pode acometer outras partes do corpo, como braços, pescoço e colo. Afeta mais frequentemente as mulheres.

Apesar de não haver cura, existem muitas opções terapêuticas para controlar as manchas. Mesmo assim, a melhor forma é a prevenção, que envolve fotoproteção, como o uso correto do filtro solar. Importante ainda evitar a exposição excessiva ao sol ou calor (mesmo usando protetor).

Micose

Frequentes na infância e adolescência, são infecções causadas por fungos que podem atingir a pele, as unhas e os cabelos, de mais fácil ocorrência onde existem condições ideais de calor e umidade.

Em geral, provocam sintomas como coceira, manchas (brancas, avermelhadas e acastanhadas), rachaduras entre os dedos, deformação nas unhas e até mesmo descamação no couro cabeludo. Além disso, é comum que ocorra descamação nas bordas. Para ter um diagnóstico preciso, o melhor é procurar por um dermatologista para fazer a avaliação e indicar o tratamento adequado.

Molusco

É uma infecção viral contagiosa, relativamente comum em crianças. Costuma ser confundida com verrugas, mas são pequenas pápulas da cor da pele. Trata-se do poxvírus, da mesma família da varíola, e o contágio ocorre com contato direto.

Neurofibromatose

O sinal mais comum da doença é o aparecimento de nódulos e tumores na pele, de tamanhos variáveis. A condição é originária de mutações genéticas. Afeta mais a pele e o sistema neurológico. As manifestações se iniciam na infância.

Nevos Displasicos

Nevos melanocíticos são pequenas manchas marrons regulares na pele, salientes ou não. São popularmente conhecidos por pintas e sinais. A maioria das pintas surge em decorrência da genética e da exposição solar e possui um formato regular. Já os nevos atípicos (ou nevos displásicos) são nevos não usuais, que podem parecer um melanoma. São lesões maiores, podendo ser irregulares no formato e possuir vários tons. Pesquisas afirmam que pessoas com dez ou mais nevos displásicos possuem 12 vezes mais chance de desenvolver o melanoma, tipo mais agressivo de câncer da pele. Geralmente é hereditário e pessoas com histórico familiar de melanoma são mais propensas a desenvolvê-lo. Esses dados são importantes para alertar para a importância do autoexame mensal, a necessidade de visitas regulares ao dermatologista e da proteção solar diária.

Onicomicose

Onicomicose é o nome atribuído à mais comum das infecções causadas por fungos, que acometem as unhas e o tecido ao redor, as dobras periunguiais. Afeta tanto as unhas das mãos quanto as dos pés. Geralmente a unha do dedo grande do pé é a mais vulnerável à infecção fúngica – o uso de calçados fechados cria o ambiente adequado para a proliferação dos fungos, que penetram através de pequenas lesões na pele e se instalam debaixo das unhas.

Existem diferentes tipos de fungos e os sintomas variam de acordo com o agente da infecção.

Os principais sintomas envolvem: variação de cor nas unhas, que ficam esbranquiçadas, amarelados ou escuras; descolamento das unhas, deixando um espaço oco sob lâminas; espessamento – as unhas ficam mais duras, grossas e escuras; machas brancas na superfície das unhas e deformidades.

Existem várias possibilidades para tratar as lesões, como cremes, soluções esmaltes ou medicações por via oral.

Paroníquia

Trata-se do processo de inflamação da pele ao redor da unha. É comum estar ligada à diminuição na proteção, especialmente quando as cutículas são retiradas, uma vez que elas agem como uma barreira natural contra agentes infecciosos. Sem essa barreira, fica mais fácil a penetração de fungos e bactérias. Sintomas envolvem inchaço, vermelhidão e dor no local afetado.

Pediculose

Doença causada por piolhos e tem como principal sintoma a coceira intensa, que pode levar a ferimentos no couro cabeludo e pescoço. É mais comum na infância, devido ao contato muito próximo entre as crianças, mas é ainda frequente entre adolescentes. Já na fase adulta, menos comum, pode ocorrer com o compartilhamento de toalhas, pentes e objetos de uso pessoal.

Seu tratamento ocorre com medicamentos orais ou xampus específicos. Ainda podemos recorrer ao velho ‘pente-fino’, para a remoção dos piolhos e das lêndeas, que são ovos e se não forem removidos, a infestação pode continuar.

Pênfigo

Doença autoimune bolhosa, rara, muitas vezes grave e não contagiosa.

É caracterizada pela formação de bolhas na pele, podendo ocorrer também nas mucosas (como boca, garganta, olhos, nariz e região genital de homens e mulheres). As bolhas acabam se rompendo após algum tempo, dependendo do local e do tipo de pênfigo, deixando feridas na pele e nas mucosas, que tendem a demorar para cicatrizar. Por isso, o acompanhamento médico é fundamental.

Existem 2 tipos principais de pênfigo: pênfigo vulgar e pênfigo foliáceo, este último é mais comum no Brasil, sendo conhecido também como “fogo selvagem”.

Pitiríase Rósea

Se apresenta como uma erupção que causa manchas avermelhadas na pele, podendo provocar coceira. Acomete principalmente crianças e adultos jovens. Sua causa pode ser por agentes infecciosos. Desses, a mais suspeita é a origem viral.

A doença começa com uma lesão única, conhecida também como medalhão, de forma arredondada ou ovalada, com 2 a 5 cm de diâmetro. Após alguns dias, podem surgir outras menores, afetando principalmente abdômen, costas e tórax.

A condição não é contagiosa e a recuperação é espontânea, precisando de tratamento apenas em casos mais graves. A fototerapia pode ser usada para melhorar o quadro.

Imagem cedida por Public Health Image Library of the Centers for Disease Control and Prevention.

Pitiríase Versicolor

Pitiríase Versicolor é uma micose superficial da pele causada por fungos do gênero Malassezia, que são leveduras que habitam o folículo piloso sem causar doença. Também é conhecida popularmente como “pano branco”.  Quando existem condições favoráveis para o crescimento do fungo, ele consegue invadir a pele e causar as lesões características. Os fatores externos que facilitam a infecção são o calor e a umidade. Existem também fatores do hospedeiro que a favorecem: a desnutrição, a sudorese excessiva e o uso de anticoncepcionais, de corticoides e/ou de imunossupressores. Está presente no mundo todo e atinge todas as faixas etárias, sendo mais frequente em adolescentes e adultos jovens, pois estes têm maior atividade da glândula sebácea.

Prurigo Nodular

É uma doença cutânea crônica e rara, em que surgem pápulas e nódulos no corpo, mais comum nos antebraços, pernas, coxas e também no tronco. É comum haver escoriações, manchas e cicatrizes na pele. Pode ocorrer por conta de outras condições, como pele seca, alterações da tireoide, doenças sanguíneas, dermatite atópica etc.  O prurido é intenso. As lesões costumam gerar prejuízo na qualidade de vida, podendo causar quadros de insônia e ansiedade.

Psoríase

Doença da pele relativamente comum, crônica e não contagiosa. É cíclica, ou seja, apresenta sintomas que desaparecem e reaparecem periodicamente.  Sua causa é desconhecida, mas se sabe que pode estar relacionada ao sistema imunológico, às interações com o meio ambiente e à suscetibilidade genética. Acredita-se que ela se desenvolve quando os linfócitos T (células responsáveis pela defesa do organismo) liberam substâncias inflamatórias e formadoras de vasos. Iniciam-se, então, respostas imunológicas que incluem dilatação dos vasos sanguíneos da pele e infiltração da pele com células de defesa chamadas neutrófilos, como as células da pele estão sendo atacadas, sua produção também aumenta, levando a uma rapidez do seu ciclo evolutivo, com consequente grande produção de escamas devido à imaturidade das células.   Esse ciclo faz com que ambas as células mortas não consigam ser eliminadas eficientemente, formando manchas espessas e escamosas na pele. Normalmente, essa cadeia só é quebrada com tratamento. É importante ressaltar: a doença não é contagiosa e o contato com pacientes não precisa ser evitado.   É frequente a associação de psoríase e artrite psoriática, doenças cardiometabólicas, doenças gastrointestinais, diversos tipos de cânceres e distúrbios do humor. A patogênese das comorbidades em pacientes com psoríase permanece desconhecida. Entretanto, há hipóteses de que vias inflamatórias comuns, mediadores celulares e susceptibilidade genética estão implicados.

Queloide

Queloide é o crescimento anormal do tecido cicatricial que se forma no local de um traumatismo, corte ou cirurgia de pele. Trata-se de uma alteração benigna, portanto sem risco para a saúde, mas pode trazer impactos na autoestima.

No tratamento, podemos contar com:

– Cremes: queloides mais recentes e menores;

– Infiltração: é uma injeção de corticoide direto na lesão;

– Betaterapia: também chamada de radioterapia, consiste no uso da radiação para tratar ou impedir que o tecido cicatricial retorne depois de uma remoção cirúrgica.

– Cirurgia de reparo: dependendo do caso, fazemos a remoção cirúrgica. Nesse procedimento, o médico secciona a área lesionada e utiliza pontos internos para fazer a sutura, favorecendo um novo processo de cicatrização.

– Tecnologias como Luz pulsada e Laser.

– Toxina botulínica.

Rosácea

É uma doença vascular inflamatória crônica, com remissões e exarcebações, também chamada erroneamente de “acne rosácea”, pois a acne é uma doença da glândula sebácea, totalmente diferente da rosácea, seja pela a causa ou idade, ou pelos aspectos clínicos e as características no geral. A rosácea ocorre em 1,5% a 10% das populações estudadas. Ocorre principalmente em adultos entre 30 e 50 anos de idade. É mais frequente em mulheres, porém atinge muitos homens e, neles, o quadro tende a ser mais grave, evoluindo continuamente com rinofima (aumento gradual do nariz por espessamento e dilatação folículos). Raramente ocorre em negros.   A origem da rosácea ainda não é conhecida. Há uma predisposição individual (mais comum em brancos e descendentes de europeus) que pode ser familiar (30% dos casos têm uma história familiar positiva), evidenciando uma possível base genética. Há forte influência de fatores psicológicos (estresse). Hoje, considera-se importante a participação de um fungo (e de restos dele) da flora normal da pele chamado de Demodex folliculorum, e da bactéria Bacillus oleronius, que colonizam esse fungo.   A presença de eritemas e telangiectasias na região central da face, acompanhadas de pápulas e pústulas, geralmente não oferece dificuldade no diagnóstico da rosácea.