Linfoma Cutâneo

Trata-se de um tipo de linfoma não-Hodgkin, um câncer que se origina nos linfócitos (tipo de glóbulos brancos). Os linfomas cutâneos afetam primariamente a pele, e podem ser classificados em linfomas de células T e de células B. Dentre os linfomas de células T, o mais comum é a micose fungoide. Dentre os linfomas de células B, os mais frequentes são o linfoma centrofolicular e o linfoma da zona marginal.

Lúpus

Lúpus eritematoso é uma doença rara autoimune, ou seja, na qual o sistema imunológico reage contra as células da própria pessoa, causando danos que podem ser nos órgãos internos (rim, pulmão, coração, cérebro e articulações) ou somente na pele.  Afeta mais as mulheres que os homens, e mais adultos jovens que crianças e idosos.  Trata-se de uma doença crônica em que é importante o tratamento contínuo e monitorização para avaliar a atividade da doença.  Como a pele é afetada em 80% dos pacientes, o médico dermatologista é frequentemente o responsável pelo diagnóstico.

Luz Pulsada

A luz intensa pulsada é uma fonte de luz emitida com variados comprimentos de onda, que é capaz de atingir diferentes alvos, de acordo com sua profundidade e potência.

Seus benefícios são muitos e por ser um procedimento considerado seguro quando bem aplicado, vem sendo utilizado para inúmeros tratamentos de pele e rejuvenescimento da pele.

Tem como principais vantagens o curto tempo de recuperação.

É indicado para tratamento de:

  • Alterações pigmentares da pele (manchas) tais como melasma, sardas
  • Manchas solares (melanoses)
  • Fotoenvelhecimento
  • Lesões vasculares (pequenos vasinhos da face)
  • Olheiras
  • Rosácea
  • Cicatrizes de acne
  • Algumas rugas superficiais e poros dilatados

As áreas mais frequentemente tratadas são a face, pescoço, colo, dorso das mãos e antebraços.

O programa de tratamento inclui 4 a 6 sessões com duração aproximada de 20 a 30 minutos cada uma e com intervalo entre as sessões de 3 a 4 semanas. Este procedimento é principalmente indicado para as estações do ano com menor incidência do sol, já que o tratamento estimula a produção de melanina e em caso de exposição da área tratada ao sol em demasia, pode existir o risco de manchar a pele.

É importante que o paciente siga as orientações médicas para um melhor aproveitamento do tratamento. A pele não pode estar bronzeada.

Mapeamento Corporal e Dermatoscopia Digital

A Dermatoscopia Digital é uma técnica que permite ao médico estabelecer um diagnóstico mais preciso das lesões pigmentadas da pele, utilizando-se de um aparelho chamado dermatoscópio, que aumenta 20 a 70 vezes o tamanho da imagem da lesão.

Mais recentemente, a Dermatoscopia Digital e o Mapeamento Corporal foram introduzidos e incorporados como rotina em centros especializados em todo mundo.

O aparelho utilizado é o Fotofinder, desenvolvido na Alemanha, que possibilita o registro dos sinais (nevos melanocíticos) e análise minuciosa dos mesmos facilitando a identificação de lesões suspeitas de malignidade e armazenamento das imagens para posterior acompanhamento.

No exame são realizadas fotos de toda a superfície corpórea do paciente (Mapeamento Corporal) e Dermatoscopia Digital das lesões pigmentadas. Dessa forma, todas as lesões são avaliadas, sendo possível identificar lesões suspeitas, que devam ser retiradas ou apenas acompanhadas clinicamente.

A grande utilidade desta técnica é no acompanhamento e seguimento de pacientes de risco para o câncer de pele, especialmente aqueles com múltiplos nevos clinicamente atípicos, nos quais seria extremamente difícil, e não indicado, a remoção cirúrgica de todos esses sinais.

O exame seqüencial permite a comparação com imagens anteriores e detecção de alterações sugestivas de malignidade, permitindo o diagnóstico precoce de melanoma.

Esta técnica também permite diminuir as biópsias e cicatrizes desnecessárias, visto que os sinais que se mantêm estáveis durante o tempo não necessitam excisão cirúrgica.

MELANOMA: o que você precisa saber


No Brasil, embora o câncer de pele corresponda a cerca de 30% de todos os tumores malignos, o melanoma corresponde apenas a 3% das neoplasias desse órgão, sendo o tipo mais grave devido à alta possibilidade de provocar metástases. 

Os fatores de risco observados envolvem exposição aos raios ultravioletas, nevos displásicos e congênitos, pele clara, histórico pessoal de melanoma e histórico familiar.

O diagnóstico de uma lesão suspeita de melanoma é feito por meio de: exame clínico, com inspeção do ABCD do melanoma; anamnese, com análise da evolução da lesão; exame dermatoscópico e mapeamento corporal total.

Entenda aqui seus sinais, como é o diagnóstico, fatores de risco e tratamento.

Sobre o Melanoma

É originado nas células produtoras de melanina, os melanócitos.

As lesões podem surgir na pele, nos olhos, nas membranas mucosas e até no sistema nervoso central. Se apresentam como pintas ou manchas que podem apresentar alterações como inchaço, vermelhidão, sangramento e/ou coceira.

O Melanoma é considerado o câncer de pele mais letal em decorrência de sua alta capacidade de metástase. A boa notícia é que, se diagnosticado no início, as chances de cura chegam a 90%.

Grupos de risco aumentado

Os maiores afetados são os adultos de pele branca, mas o melanoma pode também atingir pessoas de pele negra (geralmente aparecendo palmas das mãos e plantas dos pés). 

As pessoas que se expuseram ao sol repetidas vezes ao longo da vida sem fazer uso de proteção são um grupo de risco, já que as queimaduras solares causadas pelos raios UV vão danificando a pele com o passar do tempo.

Outro grupo que apresenta maior propensão ao melanoma é o de pessoas com pele e/ou olhos claros: os ruivos, loiros e albinos; pessoas com familiares com melanoma; história de exposição prévia a cabine de bronzeamento artificial.

Veja na imagem os locais de maior acometimento.

Quais os sinais?

O melanoma pode surgir a partir de uma pinta pré-existente ou não. Quando a pinta já existe, ela tende a aumentar de tamanho, mudar de cor e de formato. Mas o melanoma pode também surgir ‘de novo’, ou seja, como uma pinta nova.

Uma maneira fácil de avaliar se um sinal na pele pode ser um tumor do tipo melanoma é aplicar a regra “ABCDE”:

  • Assimetria
  • Bordas irregulares
  • Cor variada na mesma lesão
  • Diâmetro maior que 6 milímetros
  • Evolução de tamanho, forma ou coloração.

Sangramento, inflamação, dor, sensibilidade e coceira também são possíveis sintomas.

Mas atenção! Nem sempre uma lesão como essa significa câncer. É necessária a avaliação de um profissional da área médica. 

Diagnóstico

O diagnóstico precoce faz muita diferença no tratamento do melanoma. 

O acompanhamento periódico com o médico dermatologista é fundamental para pessoas com suspeita da doença.

O diagnóstico de suspeição é feito através de exame clínico em que é analisado o aspecto da lesão, e do exame dermatoscópico, e se disponível, microscopia confocal. A partir da identificação da lesão suspeita, é realizada a biopsia de pele e o exame anatomopatológico.

O exame anatomopatológico é considerado o padrão ouro para a confirmação do melanoma.

No mapeamento corporal ou dermatoscopia digital é realizada uma documentação fotográfica digitalizada de toda a superfície corporal e, mais especificamente, das pintas, ou nevos, identificando pontos de atenção ou problemas, para seu rápido tratamento.

É um exame importante para detecção precoce, indicado principalmente para pessoas com mais de 30 pintas ou sinais pelo corpo, também chamados de nevos melanocíticos.

Também devem realizar o mapeamento pessoas com histórico de câncer de pele na família ou que possuam a Síndrome do Nevo Atípico.

Além de auxiliar na detecção precoce do melanoma, é ainda determinante para diagnóstico de tipos de câncer de pele menos agressivos, como o carcinoma espinocelular e carcinoma basocelular.

Tratamento

O tratamento adequado vai depender do estágio do câncer e se houver metástase. 

A cirurgia com ampliação de margens é o tratamento preconizado. Entretanto, quando o melanoma estiver em estágio mais avançado, além do procedimento cirúrgico, pode haver necessidade de tratamentos sistêmicos, como terapia-alvo, imunoterapia, quimioterapia e até mesmo radioterapia.

O ideal é sempre identificar o câncer em sua fase inicial, para que as chances de sucesso no tratamento sejam mais altas.

Histórico familiar aumenta os riscos de câncer de pele?

Sim! O risco de um paciente ser diagnosticado com melanoma está aumentado quando há casos desse tumor em familiares de primeiro grau.

E ainda, existem casos de melanomas em regiões do corpo pouco expostas ao sol, que apresentam alterações genéticas diferentes das outras.

Em alguns casos, os genes que controlam o crescimento celular (CDK4) e os supressores de tumor (CDKN2A) podem estar alterados e após o impacto solar, há mais chances de desenvolvimento do melanoma nesses pacientes.

Portanto, quando há casos de câncer na família, o acompanhamento dermatológico é ainda mais importante.

Como prevenir?

  • Evite o sol entre 10h e 16h, pois os raios solares estarão mais intensos;
  • Quando for se expor ao sol, se proteja com bonés, chapéus, barracas;
  • E o mais importante: faça uso diário de filtro solar no rosto e corpo, lembrando de reaplicar algumas vezes por dia. O protetor solar é a melhor barreira contra os raios UV. Isso vale mesmo para regiões com dias mais frios e ainda chuvosos.

Faça check ups regulares com um dermatologista e em caso de lesão suspeita, busque imediatamente um especialista.

Conte comigo.

Dra. Luana Meneghello

Dermatologista com pós-graduação em dermatologia oncológica pelo Sírio Libanês.

Melasma

É uma condição que se caracteriza pelo surgimento de manchas escuras na pele, mais comumente na face, mas também pode acometer outras partes do corpo, como braços, pescoço e colo. Afeta mais frequentemente as mulheres.

Apesar de não haver cura, existem muitas opções terapêuticas para controlar as manchas. Mesmo assim, a melhor forma é a prevenção, que envolve fotoproteção, como o uso correto do filtro solar. Importante ainda evitar a exposição excessiva ao sol ou calor (mesmo usando protetor).

Micose

Frequentes na infância e adolescência, são infecções causadas por fungos que podem atingir a pele, as unhas e os cabelos, de mais fácil ocorrência onde existem condições ideais de calor e umidade.

Em geral, provocam sintomas como coceira, manchas (brancas, avermelhadas e acastanhadas), rachaduras entre os dedos, deformação nas unhas e até mesmo descamação no couro cabeludo. Além disso, é comum que ocorra descamação nas bordas. Para ter um diagnóstico preciso, o melhor é procurar por um dermatologista para fazer a avaliação e indicar o tratamento adequado.

MonkeyPox – sem pânico, mas com cuidado

MonkeyPox – sem pânico, mas com cuidado

Já foram confirmados no Brasil vários casos de Monkeypox (Varíola dos Macacos), em sua maioria em São Paulo, no Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Por mais que não seja uma doença com alta letalidade, existe uma preocupação por conta da alta dos casos.

Um dos principais sintomas é um quadro de “bolhas” que afetam os pacientes infectados e podem se manifestar em qualquer parte do corpo, incluindo rosto, palmas e plantas e órgãos genitais.

Chamadas de vesículas, são parte dos sinais característicos da doença. Nelas, existe um líquido com grande quantidade de vírus, que contamina por contato.

Após alguns dias, evoluem para um conteúdo purulento  (com pus). Depois disso, viram uma espécie de crostas, que desaparecem após três ou quatro semanas, podendo deixar cicatrizes na pele.

Além das lesões na pele, a febre está entre os principais sintomas, que também podem incluir calafrios, dor no corpo e dor de cabeça, fraqueza e inchaço em pequenas glândulas (íngua), especialmente em regiões perto do pescoço.

O tempo de incubação varia de 6 a 16 dias, podendo se estender até 21 dias.

Grupos de atenção incluem imunossuprimidos, gestantes e crianças.

Incidência

Dados indicam que é muito mais frequente no sexo masculino (mais de 90% dos casos).

No Brasil, quase metade dos casos estão entre homens que declararam ter relação sexual com outros homens. Quanto ao possível local de contato, 87,6% são referentes a contato íntimo com desconhecido.

Mas vale ressaltar que, a infecção pode acometer qualquer pessoa, independentemente de orientação ou prática sexual.

Afinal, o que é a doença?

Trata-se de uma condição viral, diagnosticada e identificada pela primeira vez no século passado, na década de 60. Pertence ao gênero Orthopoxvirus, família Poxviridae, mesma família do vírus causador da varíola.

Por ter sido identificada primeiro nos macacos, ficou conhecida no mundo científico como “varíola dos macacos”. Mas os macacos são vítimas, como nós, humanos.

O primeiro caso em humanos ocorreu em 1970, no Congo. Daí, possuía caráter endêmico em alguns países da África Central e da África Ocidental. Vivemos, atualmente, o primeiro grande surto em países não endêmicos.

Como é transmitida?

A transmissão entre humanos ocorre, principalmente, por meio de contato com lesões de pele ou mucosa de pessoas infectadas, incluindo relação sexual, secreções respiratórias ou objetos contaminados.

Diagnóstico

Em caso de suspeita, dirija-se até uma unidade de saúde e com os devidos cuidados, que incluem o uso de máscara e frequente higienização das mãos. Evite contato com outras pessoas e cubra as lesões (manga e calça comprida).

Após avaliação médica, verificação dos sintomas e lesões, pode-se ser realizado o exame RT-PCR, através de uma amostra da secreção da ferida ou da crosta da ferida.

Confirmado o diagnóstico, a pessoa deve ficar em isolamento até o desaparecimento completo das lesões (2 a 3 semanas ou até 21 dias).

Não custa lembrar: não compartilhe objetos e material de uso pessoal, tais como toalhas de banho e/ou rosto, roupa de cama, roupas, talheres, copos etc.

Após o desaparecimento das crostas/lesões formadas na pele, a pessoa deixa de transmitir o vírus.

Diagnóstico diferencial

Pode ser necessária a investigação clínica e/ou laboratorial para descartar doenças que se enquadram como diagnóstico diferencial, como a varicela zoster, herpes zóster, herpes simples, infecções bacterianas da pele, infecção gonocócica disseminada, sífilis primária ou secundária, granuloma inguinal, molusco contagioso ou quaisquer outras causas de erupção cutânea.

Tratamento

De forma geral, tratamos os sintomas que o paciente apresenta. Como o tipo de dor e se há febre com antitérmicos. Para as lesões na pele, é utilizado também apenas cuidados locais como compressas ou curativos específicos em casos selecionados.

No caso de medicação antiviral, em quadros graves pode ser indicado o uso do Tecovirimat, já disponível no Brasil. 

Vacinação

O Brasil está importando a vacina produzida na Alemanha e Dinamarca, da empresa Bavarian Nordic, chamada de Jynneos (EUA) ou Imvanex (EMA) ou ainda Imvamune.

A vacina é aprovada na União Europeia desde 2013 para a prevenção da varíola comum e hoje tem aprovação da ANVISA para uso emergencial e do FDA (órgão regulador americano).

Porém, a OMS recomenda a vacinação de maneira preventiva para pessoas que podem ter sido expostas, aquelas que tiveram contato com casos confirmados, de preferência dentro de quatro dias após a exposição para prevenir o aparecimento da doença. Também pode ser destinada aos profissionais da saúde na linha de frente. Isso significa que, a princípio, não será destinada a toda a população.

O esquema vacinal é de duas doses, a serem administradas com quatro semanas de intervalo, para maiores de 18 anos.

Prevenção

Use máscara em locais fechados e com aglomeração em regiões com alta de casos;

Sempre carregue álcool em gel para a devida higienização das mãos;

No caso de contato íntimo, usar preservativo.

A transmissão por meio de gotículas, costuma ser por meio de contato prolongado entre o paciente infectado e outras pessoas, o que torna trabalhadores da saúde, familiares e parceiros íntimos, com maior risco de infecção.

Proteja-se.

Dra. Luana Meneghello

Dermatologista SBD

Molusco

É uma infecção viral contagiosa, relativamente comum em crianças. Costuma ser confundida com verrugas, mas são pequenas pápulas da cor da pele. Trata-se do poxvírus, da mesma família da varíola, e o contágio ocorre com contato direto.

Neurofibromatose

O sinal mais comum da doença é o aparecimento de nódulos e tumores na pele, de tamanhos variáveis. A condição é originária de mutações genéticas. Afeta mais a pele e o sistema neurológico. As manifestações se iniciam na infância.

Nevos Displasicos

Nevos melanocíticos são pequenas manchas marrons regulares na pele, salientes ou não. São popularmente conhecidos por pintas e sinais. A maioria das pintas surge em decorrência da genética e da exposição solar e possui um formato regular. Já os nevos atípicos (ou nevos displásicos) são nevos não usuais, que podem parecer um melanoma. São lesões maiores, podendo ser irregulares no formato e possuir vários tons. Pesquisas afirmam que pessoas com dez ou mais nevos displásicos possuem 12 vezes mais chance de desenvolver o melanoma, tipo mais agressivo de câncer da pele. Geralmente é hereditário e pessoas com histórico familiar de melanoma são mais propensas a desenvolvê-lo. Esses dados são importantes para alertar para a importância do autoexame mensal, a necessidade de visitas regulares ao dermatologista e da proteção solar diária.

Onicomicose

Onicomicose é o nome atribuído à mais comum das infecções causadas por fungos, que acometem as unhas e o tecido ao redor, as dobras periunguiais. Afeta tanto as unhas das mãos quanto as dos pés. Geralmente a unha do dedo grande do pé é a mais vulnerável à infecção fúngica – o uso de calçados fechados cria o ambiente adequado para a proliferação dos fungos, que penetram através de pequenas lesões na pele e se instalam debaixo das unhas.

Existem diferentes tipos de fungos e os sintomas variam de acordo com o agente da infecção.

Os principais sintomas envolvem: variação de cor nas unhas, que ficam esbranquiçadas, amarelados ou escuras; descolamento das unhas, deixando um espaço oco sob lâminas; espessamento – as unhas ficam mais duras, grossas e escuras; machas brancas na superfície das unhas e deformidades.

Existem várias possibilidades para tratar as lesões, como cremes, soluções esmaltes ou medicações por via oral.

Paroníquia

Trata-se do processo de inflamação da pele ao redor da unha. É comum estar ligada à diminuição na proteção, especialmente quando as cutículas são retiradas, uma vez que elas agem como uma barreira natural contra agentes infecciosos. Sem essa barreira, fica mais fácil a penetração de fungos e bactérias. Sintomas envolvem inchaço, vermelhidão e dor no local afetado.

Pediculose

Doença causada por piolhos e tem como principal sintoma a coceira intensa, que pode levar a ferimentos no couro cabeludo e pescoço. É mais comum na infância, devido ao contato muito próximo entre as crianças, mas é ainda frequente entre adolescentes. Já na fase adulta, menos comum, pode ocorrer com o compartilhamento de toalhas, pentes e objetos de uso pessoal.

Seu tratamento ocorre com medicamentos orais ou xampus específicos. Ainda podemos recorrer ao velho ‘pente-fino’, para a remoção dos piolhos e das lêndeas, que são ovos e se não forem removidos, a infestação pode continuar.

Peeling Químico

Peeling é o nome dado ao procedimento onde se provoca a descamação da pele. Ele pode ser de dois tipos: peeling químico ou peeling mecânico.

Peelings químicos consistem na aplicação de agentes que destroem as camadas superficiais da pele, seguindo-se, então, da sua regeneração, com uma aparência geral melhorada. É uma forma de esfoliar e acelerar a renovação da pele.

Dependendo do agente utilizado, pode ser obtida a remoção bem superficial, de recuperação rápida, até remoções mais profundas que exigem maiores cuidados e tempo de recuperação. Auxilia no tratamento de manchas, cravos, acnes e envelhecimento cutâneo.

Os peelings superficiais precisam ser feitos em séries, enquanto os médios e profundos são realizados em aplicações únicas. Cada paciente deve ser avaliado para melhor indicação do seu caso específico.

O Peeling mecânico é realizado quando se utiliza um dermoabrasor.

Os peelings podem ser usados de maneira combinada (químico e mecânico) variando o nível de profundidade. Podem ser superficiais, médios ou profundos, variando conforme a necessidade e indicação médica.

Os peelings podem ser indicados para o tratamento de várias alterações da pele como: manchas (melasma, melanoses), cicatrizes, estrias, pele áspera e irregular, rugas finas e fotoenvelhecimento (envelhecimento pelo sol).

Cada paciente deve ser avaliado pelo dermatologista que indicará o melhor tratamento.

Pênfigo

Doença autoimune bolhosa, rara, muitas vezes grave e não contagiosa.

É caracterizada pela formação de bolhas na pele, podendo ocorrer também nas mucosas (como boca, garganta, olhos, nariz e região genital de homens e mulheres). As bolhas acabam se rompendo após algum tempo, dependendo do local e do tipo de pênfigo, deixando feridas na pele e nas mucosas, que tendem a demorar para cicatrizar. Por isso, o acompanhamento médico é fundamental.

Existem 2 tipos principais de pênfigo: pênfigo vulgar e pênfigo foliáceo, este último é mais comum no Brasil, sendo conhecido também como “fogo selvagem”.

Pitiríase Rósea

Se apresenta como uma erupção que causa manchas avermelhadas na pele, podendo provocar coceira. Acomete principalmente crianças e adultos jovens. Sua causa pode ser por agentes infecciosos. Desses, a mais suspeita é a origem viral.

A doença começa com uma lesão única, conhecida também como medalhão, de forma arredondada ou ovalada, com 2 a 5 cm de diâmetro. Após alguns dias, podem surgir outras menores, afetando principalmente abdômen, costas e tórax.

A condição não é contagiosa e a recuperação é espontânea, precisando de tratamento apenas em casos mais graves. A fototerapia pode ser usada para melhorar o quadro.

Imagem cedida por Public Health Image Library of the Centers for Disease Control and Prevention.

Pitiríase Versicolor

Pitiríase Versicolor é uma micose superficial da pele causada por fungos do gênero Malassezia, que são leveduras que habitam o folículo piloso sem causar doença. Também é conhecida popularmente como “pano branco”.  Quando existem condições favoráveis para o crescimento do fungo, ele consegue invadir a pele e causar as lesões características. Os fatores externos que facilitam a infecção são o calor e a umidade. Existem também fatores do hospedeiro que a favorecem: a desnutrição, a sudorese excessiva e o uso de anticoncepcionais, de corticoides e/ou de imunossupressores. Está presente no mundo todo e atinge todas as faixas etárias, sendo mais frequente em adolescentes e adultos jovens, pois estes têm maior atividade da glândula sebácea.

Prurigo Nodular

É uma doença cutânea crônica e rara, em que surgem pápulas e nódulos no corpo, mais comum nos antebraços, pernas, coxas e também no tronco. É comum haver escoriações, manchas e cicatrizes na pele. Pode ocorrer por conta de outras condições, como pele seca, alterações da tireoide, doenças sanguíneas, dermatite atópica etc.  O prurido é intenso. As lesões costumam gerar prejuízo na qualidade de vida, podendo causar quadros de insônia e ansiedade.

Psoríase

Doença da pele relativamente comum, crônica e não contagiosa. É cíclica, ou seja, apresenta sintomas que desaparecem e reaparecem periodicamente.  Sua causa é desconhecida, mas se sabe que pode estar relacionada ao sistema imunológico, às interações com o meio ambiente e à suscetibilidade genética. Acredita-se que ela se desenvolve quando os linfócitos T (células responsáveis pela defesa do organismo) liberam substâncias inflamatórias e formadoras de vasos. Iniciam-se, então, respostas imunológicas que incluem dilatação dos vasos sanguíneos da pele e infiltração da pele com células de defesa chamadas neutrófilos, como as células da pele estão sendo atacadas, sua produção também aumenta, levando a uma rapidez do seu ciclo evolutivo, com consequente grande produção de escamas devido à imaturidade das células.   Esse ciclo faz com que ambas as células mortas não consigam ser eliminadas eficientemente, formando manchas espessas e escamosas na pele. Normalmente, essa cadeia só é quebrada com tratamento. É importante ressaltar: a doença não é contagiosa e o contato com pacientes não precisa ser evitado.   É frequente a associação de psoríase e artrite psoriática, doenças cardiometabólicas, doenças gastrointestinais, diversos tipos de cânceres e distúrbios do humor. A patogênese das comorbidades em pacientes com psoríase permanece desconhecida. Entretanto, há hipóteses de que vias inflamatórias comuns, mediadores celulares e susceptibilidade genética estão implicados.